sábado, 14 de maio de 2016

Ultrassom Obstétrico Morfológico

Um dos primeiros sentimentos que a mulher vivencia ao descobrir que está grávida é a felicidade. Aliás, a alegria costuma se estender e tomar conta de toda a família! Começam a ser feitos vários planos, como escolher o nome da criança que está por vir, quem serão os padrinhos, como será o quarto dela etc.

Alguns dias depois, é normal que a alegria comece a se misturar com um pouco de preocupação: “será que está tudo bem com o meu bebê?”, “será que ele está se desenvolvendo normalmente dentro da minha barriga?”. São dúvidas comuns e que têm seu lado positivo: alertam a mãe para a necessidade de fazer visitas regulares ao seu ginecologista/obstetra e a seguir em casa todas as recomendações passadas por ele, para garantir uma gravidez de sucesso.

O que é o ultrassom morfológico

Para saciar essa expectativa da futura mamãe e para avaliar se o bebê está se desenvolvendo bem dentro da barriga, há alguns exames importantes que precisam ser feitos. O ultrassom morfológico é um desses.

O ultrassom morfológico é um exame de ultrassonografia do feto, que tem como principal objetivo avaliar a morfologia fetal. Levando em consideração que cerca de 3% de recém-nascidos apresentam anomalias estruturais e que podem afetar a mulher grávida, o ultrassom morfológico é indicado para todas as gestantes.

O exame permite diagnosticar cerca de 90% das anomalias fetais. Doenças cromossômicas, tais como síndrome de Down, podem ser suspeitadas. Uma vez diagnosticadas as anomalias fetais, muitas vezes é possível o tratamento na vida intrauterina ou logo após o nascimento do bebê.

Quando deve ser realizado?


O ideal é a realização de dois exames morfológicos durante a gravidez. No primeiro trimestre: entre 12 e 14 semanas de gestação, quando é possível verificar as anomalias importantes tais como anencefalia, gêmeos coligados, extrofia cardíaca, enfim, anomalias graves. Neste exame, também é avaliado a translucência nucal, osso nasal e doppler do ducto venoso – que permitem avaliar o risco para doenças cromossômicas, tais como a síndrome de Down. No segundo trimestre: entre 20 e 25 semanas. Esse é o exame mais completo, quando toda a anatomia pode ser avaliada. Cerca de 90% das malformações podem ser diagnosticadas nesta fase. A importância de estabelecer o diagnóstico precoce de anomalias fetais é a possibilidade de permitir tratamento ainda na vida intrauterina ou preparar o casal para recebimento de bebês com anomalia.

Dr. Alexandre Prezia Simionato
CRM 107.418